dezembro 21, 2014

A Marta convidou-me para beber uma cerveja no Chiado. Não gosto de cevada. Sou pelo vinho do Porto. Cortei o cabelo e fiz uma permanente. Finalmente pareço-me com a jovem Marta de quem ela tanto falava nas peças de teatro. Eu era a que espreitava nos balneários, e deixava recados de amor com a empregada da limpeza.
Perguntava se sim ou não, e não tinha medo das respostas. Vivia ao saber delas.
A Marta escreveu um lindo texto para a Prima no Facebook. Eu chorei com a metáfora do cão. Também a G me conta todas as histórias da sua depressão e percebo que tudo é verdade. Todo o sofrimento é verdade. Todas as conquistas são mentira.
Negamos. O reverso é apetecível, e a ilusão deixa-nos apaixonados.



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