novembro 23, 2013

Não me agarrei ao estado das coisas. Fechei-as em gavetas, para não respirar.
Foi a partir daí que percebi que não poderia viver sem os estranhos e a escrita. A confusão de todas as coisas acumuladas.

2 comentários:

  1. sabes, gosto de te vir ler quando me sinto bem para escrever. é como se visse em ti, nas tuas palavras, parte do que me falta, da coragem de ter tão claramente a escrita como amiga intima. é preciso coragem, sabes? é preciso coragem para lermos o que escrevemos e aceitarmos que somos donos daquelas palavras, que sentimos tudo aquilo, tão inesperadamente, que nos custa acreditar. mas eu gosto de te ler, não me pesa a alma, não me agarra o corpo ao chão, mas torna-me leve, torna esta manhã mais quente. e o título do teu blogue é algo marcante para mim, que talvez recordarei ao escrever-te quando a idade avançar e continuarmos a fazer disto a nossa vida. "Não tenhas pressa", sim, não tenhas, não tenhas pressa que te escreva, que te devolva as cartas, não tenhas pressa mas também não percas a esperança. elas chegarão, acredita que o mundo será bem mais florido nessa altura, e quem me dera saber florir sem que ninguém me regue mais estas pétalas cansadas. obrigada mariana, por estares aqui. tinha de te deixar isto, não sei porquê, não sei para quê, mas tinha, e há coisas que temos de fazer. e tu tens de escrever, foste feita para tornar esse amor sem medida em palavras. e obrigada

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  2. és um poço de inspiração, Mariana. nunca páres de escrever, nunca te prendas numa gaveta, nunca finjas que a escrita não é a tua casa, porque é, tu e a escrita são quase um só ser, e acredita, Mariana, quando te fundes com a escrita ninguém te pára.

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