junho 16, 2013

Há muitos meses conheci o homem que honrava Berlioz. Parodiava sorrisos e de repente ao longe comecei a vê-lo. Na estrada para a praia. No poste de electricidade num campo cheio de trigo. Na confusão de ondas de uma fogueira na praia. Na chuva que cai de cima em outonos tristes.
Conheci o André vestido de orvalho. Esse homem tão parecido com a madeira. Com continentes nos braços. Aí nessa imensidão que tens nos olhos só habita vegetação. Comecei a sentir tornados na barriga. A perceber que a estrada também é a minha predilecção. Que ele era o caminho da liberdade, por isso digo que há uns meses conheci o homem que honrava Berlioz. O seu semblante gemia com notas de ópera voraz.


3 comentários:

  1. A tua escrita é encantadora.
    segui !

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  2. Há muito que as palavras se envolvem no corpo, há muito que o teu olhar se cruza no meu mesmo em sonhos que nos unem as almas. Houve um dia em que tropeças-te no meu caminho e coloriste esta primavera com cores bem mais alegres. Nesse dia tive a sorte de saber quem eras, de onde vinhas e que caminho percorrias para chegares à felicidade. Foi nesse momento, nesse instante que vi em ti a diferença que procurava, que vi em ti um mundo inteiro de aventuras que me fazem sorrir. <3

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  3. Tem sorte em escreveres para ele. :)

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