agosto 29, 2010

Apple pie without cheeze is like a kiss without a squeeze.


Sim. Ela era bonita . Fazia lembrar os raios de sol que se escondiam do beijo das árvores forasteiras.

No canto do lábio escondia receios de uma mulher diferente. Ela desafiava a verdade das coisas e era dona de uma beleza comum. Ninguém lhe dizia que não detinha de uma beleza incomparável.Mentiam. A verdade morava no rosto rosado que carregava o sorriso de uma guerreira. Sim. Ela era bonita. Não o dizia muitas vezes. Julgava que o mundo serenava com a honestidade e a modéstia das palavras.

Por vezes, deixava escapar um sinal de compreensão no meio de uma selva de brutidão falsa. Navegava como os barcos, e tinha nos braços a força de cordas azuis e brancas.

Quando caminhava na rua fingia não ouvir o riso das flores e as exclamações dos pássaros divertidos comentando o seu aspecto corajoso.

Era uma rapariga. Uma menina escondida no corpo de uma mulher que magoava o mundo com a sua atitude lisongeadora. Curava pessoas. Curava o mundo da brutidão dos vivos e aclamava tantos que o amor segredou para junto de si. Costumava ouvi-la. Ouvia-a calmamente reparando no pormenor da sua voz. Era doce, como o açucar que desfaz o coração dos gulosos. E se a força de uma crítica a confrontasse, ganhava batalhas apenas sendo ela própria. Tinha explosões de alegria que encolhiam por vezes para deixar entrar lágrimas de tristeza.

Sim. Ela era bonita. Mesmo quando chorava, como o mar às vezes cospe na fúria do vento que o traz para sul.

Um mar límpido, voraz e bravo. Tal como o coração que ela tinha. Um coração de ouro.

Quando o Sol queima a pele e sentimo-nos extasiados, ela corre e abraça-nos o corpo quente. Refresca os problemas e esqueçe-se que o calor do Sol também a queima a ela. Apenas foge por entre as folhas de uma árvore pacata que um dia dará belos frutos.

Sim. Ela é bonita.

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