abril 30, 2010

foi como mergulhar no oceano


Lembram-se das fitas do quarto ano que os pais e os amigos assinavam no final da primária? As fitas verdes e rosas? O cor-de-rosa era o que eu gostava mais. Sempre gostei de cor-de-rosa e sempre vou gostar. Não é por ser menina. Eu gosto do cor-de-rosa e não acho que isso tenha mal algum. Quando tinha 8 anos e a minha irmã se casou eu não sabia o que era casar. Achava engraçado mas não percebi porque é que se casavam como os adultos entendem. Mas lembro-me, no meio da correria do jantar no salão grande, cheio de mesas que pareciam não nos pertencer, de ver ao longe um vestido cor-de-rosa. Aquele vestido cor-de-rosa que me ficou na memória e não me consigo largar dele. É como o meu gosto pelos livros. Nunca vai mudar. Acontece a mesma coisa com o cor-de-rosa. É rosa e diz tudo. Lembro-me de me distinguirem porque eu 'era a que gostava do rosa' e ainda assim é. De todas as cores que existem no mundo acho que rosa diz tudo e transmite tudo o que para mim é possivel. O rosa sabe a rosas , a perfume, ao casaco da Adidas da best, e ao fio da minha madrinha. Sabe ao gel de banho e ao creme para o corpo. À caixinha das recordações e à mala do desporto. O rosa lembra a Primavera e lembra-me a minha infância. E deixar de gostar dele é deixar tudo para trás e esqueçer-me de quem fui. O rosa é a cor que me define e não vale a pena mudar isso.




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