fevereiro 01, 2010

" a mulher gorda"


Em dias de festa corre sempre tudo como a gente não está à espera. É o que acontece todos os santos anos na Escola Salesiana de Manique. Para pessoas como eu, que sempre acharam que a Missa era tempo de curtar pulsos enquanto ouvíamos um pavilhão de miudos a orar, a festa de S. João Bosco é um dia inesperado.

Mas lá reza a tradição que nunca chove e foi o que aconteceu. Bem o sol já lá estava, depois veio uma Missa que foi tudo menos orar contrariado. Cantámos e brincámos e lá lá lá que nem crianças.

Depois, entrega de medalhas para o pessoal do Quadro de Hora Excelência e Mérito. É claro que não subi ao palco para receber, mas tudo serviu de desculpa para ver o Bimbo tocar bateria. Não há que adorar?

Hora de almoço---- PIZZA na cantina. O que é que esperavam mais amigos? Os dias de festa são dias de festa e mesmo a celebrar o Joãozinho Bosco (como dizia o padre) nós nos atrevemos a devorar duas fatias de pizza que nem morcões (apesar de ter dado uma aos rapazes que conseguem ser piores que nós).

Á tarde a gritaria começou, e lá fomos nós para o auditório para o concurso musical. Tenho a dizer que não suporto a impressão que tenho nos ouvidos e a minha voz, onde já vai! Depois de não sei quantos berros e aplausos e tudo e mais alguma coisa pelas outras turmas (sim porque a figura do Carlos vestido à Alentejano matava qualquer um de riso), seguimos nós. Em cima do palco, vestidos com capas universitárias, com viola, jambé, pandeireta, e as vozes das meninas dos dois lados e os meninos no meio (o Bimbo no centro), lá enfrentámos os medos e foi altura de cantar a mulher gorda com tudo o que tínhamos.

Apesar das modificações nas músicas que íamos cantar e da desilusão da professora Sílvia, lá lhe dedicámos umas estrofes na música e ela ficou surpreendida até o queixo baixar na barriga :D

É bom ter surpresas destas. É bom celebrar festas destas, por mais ridículo que seja o tema. Por mais apaixonados que estejemos por meninos que tocam bateria, viola e que nos agarram nos braços para indicar o lado para onde devemos abaná-los para fazer apoio às outras turmas. É bom por mais parvinho que pareça, sussurrarem-nos ao ouvido ou sentir uma mão tocar-nos por 2 segundos que seja quando desejávamos essa sensação há tanto tempo.

É bom por mais velhos que sejamos, por mais carecas, infantins, in love e completamente mocados que estejamos.

Vale sempre a pena quando a alma não é pequena.

1 comentário:

  1. Sim! :) Em Paredes... Academia de Dança do vale do Sousa.
    Tu também?

    Beijinho*

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